O ex-ministro Antonio Palocci rompeu o silêncio na segunda-feira (6) sobre a possibilidade de sair candidato nas eleições de 2010, mas adotou um discurso cauteloso. Pressionado por setores do PT a ignorar o caso que corre contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), Palocci não descartou uma candidatura ao governo paulista. Mas investiu na tese de que ainda é cedo para debater nomes. "Não vou dizer que nunca passou pela minha cabeça. Mas falta um ano e meio ainda. É muito tempo", disse Palocci, que aguarda parecer do STF, sobre a denúncia referente à quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O caso, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, lhe custou a cadeira de ministro da Fazenda no governo Lula.
Sorridente e bem-humorado ao deixar um seminário do PT na Assembleia Legislativa paulista sobre a crise econômica, o ex-ministro admitiu o andamento das primeiras negociações em torno de seu nome. Disse que o PT "está livre para fazer esse debate". Mas desconversou, dizendo não esperar nenhuma definição sobre o assunto no curto prazo. "É normal que o partido debata. Mas eu acho que a escolha de candidatos é só para o ano que vem.
Reportagem veiculada na segunda-feira (6) pelo jornal O Estado de S. Paulo apontou que setores do PT pressionam Palocci para que ele coloque de imediato a pré-candidatura e dê o sinal verde para o início das articulações. Abertamente, o ex-ministro vinha evitando o assunto. E, dentro do partido, sua posição tem sido a de aguardar uma decisão do STF antes de se lançar na empreitada. A preocupação de Palocci, dizem aliados, é não "provocar" os ministros do tribunal.
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