Brasília (AE) A economia agüentará bem o tranco do ano eleitoral, segundo se avalia na equipe do ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Diferente de 2002, quando a eleição chegou num momento em que a economia tentava se recompor depois de uma sucessão de crises econômicas, a eleição de 2006 virá na esteira de anos em que o cenário foi benéfico tanto no país quanto no exterior. Nesse período, foi possível deixar claro aos agentes de mercado que as linhas da política econômica seriam mantidas e reforçadas.
Um exemplo da boa forma da economia é a decisão do Brasil de quitar dois anos antes da data sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e 12 meses antes do prazo a dívida com o Clube de Paris. Também a queda do risco país (que estava em 1.439 pontos em janeiro de 2003 e agora está na casa dos 300 pontos) mostra que o investidor confia mais na economia brasileira hoje do que no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Queda do PIB
Isso não quer dizer, porém, que a economia está totalmente imune à crise. Na equipe econômica, a avaliação é que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano foi provocada em parte pela turbulência política, que levou os empresários a investir e produzir menos, em uma atitude defensiva. Também está no radar da equipe econômica a possibilidade de alguma deterioração no quadro econômico se aumentarem as chances de se eleger um candidato menos comprometido com as linhas básicas da política econômica, como Anthony Garotinho, por exemplo.
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