O deputado Antônio Palocci (PT-SP), relator da proposta de prorrogação da CPMF, defendeu nesta quarta-feira a manutenção da forma atual de destinação dos recursos da contribuição, sem a partilha com os estados. Segundo o ex-ministro da Fazenda, a divisão da arrecadação com estados e municípios desfiguraria a contribuição e impediria a futura redução da alíquota, atualmente em 0,38%. Além disso, ela poderia virar um imposto permanente.

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- Eu não pensei até agora em nenhuma modificação. A princípio, o que predomina é a proposta original. Não é aconselhavel (dividir com os estados). Apóio qualquer iniciativa em favor de estados e municípios, só que a CPMF, se for distribuída, pode esquecer a redução da alíquota e tornar-se até permanente. Eu não acho recomendável - afirmou.

O vice-líder do governo Beto Albuquerque (PSB-RS) foi enfático ao criticar os que defendem a extinção da CPMF, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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- A fiesp, quando prega a extinção da CPMF, está pregando a volta da sonegação - disse Beto Albuquerque, não deixando dúvida de que já vê a contribuição como um imposto permanente.