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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou nesta quinta-feira na CPI dos Bingos que não conhecia Vladimir Poleto, não tinha contato com ele, nem esteve em sua casa, no Lago Sul de Brasília.

- Não tive nenhuma reunião com ele, não tinha contato com ele - disse.

Sobre a relação de seu assessor especial há cerca de 16 anos Ademilson Silva e Ralph Barquete, Palocci apontou incoerências nos documentos que apontam mais de 800 ligações entre os dois durante o período de dois anos. Barquete foi seu secretário de finanças no segundo mandato na prefeitura, entre 2001 e 2002, e teria, junto com Poleto, intermediado a remessa de dólares de Cuba para a campanha presidencial de 2002.

Palocci disse que, por exemplo, num dia em que teriam havido 21 ligações telefônicas entre Ademilson e Barquete, 15 teriam sido feitas em um intervalo de 39 segundos, segundo relatos de Ademilson feitos ao ministro nesta semana. Palocci também deu outro exemplo em que uma ligação teria sido iniciada um segundo depois de uma outra chamada, de 12 minutos e 45 segundos, ter começado.

Palocci também voltou a negar atender os telefones celulares de seus assessores. O ministro disse que isso apenas acontece em ocasiões excepcionais, como dentro de um carro.

Além disso, Palocci disse que Barquete não conhecia o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.

- Eu afirmo aos senhores, o senhor Ralph não conhecia o senhor Delúbio.

Sobre a ida de Barquete para a assessoria da presidência da Caixa Econômica Federal, Palocci disse seu ex-assessor foi convidado para o cargo. Segundo Palocci, a CEF procurou o agora ministro e o perguntou sobre a possibilidade de convidar Barquete para o cargo. Palocci concordou e Barquete foi, apesar de ter adoecido pouco tempo depois e ter reduzido suas atividades.

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