Ao responder a perguntas do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou que o país precisa voltar seu foco para despesas correntes e não para o corte de investimentos. Segundo ele, a situação do país não será resolvida de 2005 para 2006, mas talvez até 2015, com pequenos esforços fiscais anuais.
- Pode ser 0,3% do PIB a cada ano, mas em dez anos teremos 3% do PIB, o que é suficiente. A contrapartida de não ter essa política é correr o risco de termos uma eventual crise externa que exija uma carga tributária maior - observou.
O ministro disse ainda que a superação do equilíbrio fiscal permite também um fluxo maior de investimentos.
- Por que superar o esforço fiscal? O esforço em torno do equilíbrio diz respeito a uma meta que o governo assegura e com a qual trabalha ao longo do ano. Isso nos permite ter um nível de investimento mais adqueado no futuro - destacou.
Ao falar sobre o excesso de tributos em serviços de telefonia e energia elétrica, ele observou que existe a possibilidade de que os reajustes das contas de telefone passem a ser feitos por índices setoriais. E que as contas de luz, que atualmente englobam taxas para a manutenção do funcionamento de usinas térmicas, desde a época do racionamento, deixarão de englobar algumas dessas compensações a partir de 2006.
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