O PT criticou o panelaço ocorrido na noite deste domingo (8), durante pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em rádio e TV, e afirmou que a mobilização pode ter apoio de partidos de oposição.
Durante o pronunciamento, houve buzinaço, panelaço e vaias em ao menos 12 capitais -São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Belém, Recife, Maceió e Fortaleza. Nas janelas dos prédios, moradores batiam panelas, xingavam a presidente, enquanto piscavam as luzes dos apartamentos.
Segundo nota no site do partido, o secretário nacional de Comunicação do PT, José Américo Dias, e o vice-presidente e coordenador das redes sociais da legenda, Alberto Cantalice, disseram que as manifestações “foram orquestradas para impedir o alcance da mensagem, mas fracassaram em seus objetivos”.
Para o PT, o movimento foi realizado por moradores de bairros de classe média como Águas Claras, no Distrito Federal, Morumbi e Vila Mariana, em São Paulo, e Ipanema, no Rio, mas que não se repercutiu em áreas populares e perdeu o alcance.
“A comprovação do curto alcance do protesto veio pelas próprias redes. A hashtag #DilmadaMulher, em apoio à presidenta, tornou-se uma das mais usadas pelos internautas e entrou para o trending topics do Twitter, durante a fala da presidenta em cadeia nacional de rádio e tevê”, diz o partido.
Cantalice avaliou que a manifestação tem ligações com outras reações oriundas de setores que pretendem um golpe contra o governo Dilma. “Existe uma orquestração com viés golpista que parte principalmente dos setores da burguesia e da classe média alta”, afirma.
José Américo afirma que partidos de oposição podem estar por trás do movimento.
“Tem circulado clipes eletrônicos sofisticados nas redes, o que indica a presença e o financiamento de partidos de oposição a essa mobilização”, diz.
-
Escola Sem Partido: como Olavo de Carvalho, direita e STF influenciaram o fim do movimento
-
Igreja e direita francesa criticam cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
-
“Quando Maduro fala é crítica, quando eu falo é crime?”, diz Bolsonaro após ditador questionar urnas
-
Dois cientistas católicos históricos que vale a pena conhecer
Deixe sua opinião