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Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que sete em cada dez eleitores querem afastamento de presidente da Câmara. | Valter Campanato/ Agência Brasil/Fotos Públicas
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que sete em cada dez eleitores querem afastamento de presidente da Câmara.| Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil/Fotos Públicas

Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas revela que para 83,2% dos brasileiros o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi beneficiado pelos escândalos de corrupção dentro da Petrobras, apurados pela Operação Lava Jato.

Eduardo Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter supostamente recebido US$ 5 milhões de dinheiro ilícito relacionado a licitações. O deputado nega qualquer participação em esquemas criminosos. A denúncia ainda não foi avaliada pelo Judiciário e, portanto, Cunha não é réu.

Eduardo Cunha na berlinda: confira os números da pesquisa

A pesquisa ouviu 2.020 brasileiros entre os dias 17 e 22 de novembro em 23 estados e 164 municípios. A margem de erro, de acordo com o instituto, é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95%.

De acordo com 70,8% dos entrevistados, Eduardo Cunha deveria se afastar do cargo para responder às acusações que pesam contra ele. Outros 13,4% acreditam que ele poderia permanecer como deputado federal, mas que deveria renunciar à presidência da Câmara.

Atualmente, há em trâmite no Conselho de Ética da Câmara um processo contra o presidente, pedindo a cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar. A acusação, neste caso, porém, não tem relação direta com o recebimento de dinheiro ilegal. A acusação é de que Cunha teria mentido em depoimento a uma CPI ao dizer que não tinha contas fora do país.

O Ministério Público da Suíça já confirmou as contas do deputado no país. Cunha, em entrevistas, afirma que é apenas beneficiário do dinheiro, mas que não é “dono” das contas, já que teria entregue o dinheiro a um fundo.

Aparentemente, a defesa prévia de Cunha não convenceu a população. Para 77% dos entrevistados, Cunha é classificado como um “mau político”. E mais de 75% dizem que Cunha não está sendo perseguido pelo Ministério Público.

A pesquisa também deixa claro que o mau momento de Cunha favoreceu a presidente Dilma Rousseff, ao prejudicar a estratégia da oposição de usar o presidente da Câmara como principal aliado na tentativa de conseguir o impeachment da petista. Para 66% dos entrevistados, Cunha não tem “independência” para analisar o impeachment da presidente.

Na questão sobre quem deveria perder o cargo primeiro, caso fosse o caso de algum dos dois deveria ser afastado, 39,4% disseram que Cunha e Dilma deveriam ambos cair ao mesmo tempo. Outros 29% queriam ver primeiro a queda de Dilma. E 27,7% queriam ver Cunha sair primeiro de seu posto.

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