O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse ontem que os grampos que monitoraram autoridades dos três Poderes transformam o país em um "Big Brother. Para Britto, os responsáveis pelas escutas clandestinas devem ser punidos. "(A denúncia da participação da Abin no episódio dos grampos) é mais um ato a colaborar com a tese de que o Brasil está se tornando um Big Brother, afirmou o advogado.
"(A Abin) passou a ser mais um órgão a nos controlar, quando a cidadania deveria controlar o Estado, disse ele. Para Britto, a agência tem que se subordinar à Justiça, assim como qualquer órgão que tenha o papel de influenciar nas decisões do Estado com relação à vida do cidadão.
Indignação
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) também se manifestou ontem sobre o caso por meio de uma nota. A AMB informou "manifestar indignação e preocupação com os grampos ilegais que se alastram no país". Segundo a associação, essa prática "afronta a população como um todo, pois coloca em risco as liberdades individuais e coletivas duramente conquistadas após anos de ditadura". A AMB ainda informou que o caso revela o "descontrole do governo sobre seu serviço de inteligência ou o que é ainda mais grave a tentativa de se implantar no país ações policialescas e nefastas ao Estado Democrático de Direito".
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