O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), cobrou hoje menos "pirotecnia" nas operações da Polícia Federal (PF) e que não haja "partidarização" na divulgação de informações referentes às investigações. Ao ser questionado sobre nova polêmica envolvendo eventuais abusos cometidos pela PF na Operação Castelo de Areia, o governador mineiro disse que defende que todas as investigações sejam feitas com profundidade mas destacou que a divulgação deve ser "completa" para que não haja "dúvida quanto à lisura da ação".

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"O reparo que eu faço é que divulgar parcelas de informações em que se aponta um partido em detrimento de outro que também ali está inserido não me parece a forma republicana e adequada de ação da Polícia Federal", destacou, se referindo às suspeitas de crime eleitoral contra partidos e políticos de oposição. "É preciso que, se ilícitos ocorreram, eles sejam colocados para a opinião pública e as punições ocorram. Agora, é preciso que não haja uma partidarização da divulgação dessas informações".

A oposição no Congresso Nacional critica a exclusão de PT, PTB e PV no relatório final da PF sobre a Castelo de Areia e aponta direcionamento político na operação. Como retaliação, DEM e PSDB - citados pela PF no relatório junto com PDT, PP, PPS, PMDB e PSB - já falam em criar uma CPI para apurar supostos indícios de superfaturamento na obra da refinaria Abreu Lima, que está sendo construída em Pernambuco pela Petrobras e a estatal venezuelana PDVSA. "Esse é um processo que o Congresso Nacional deve conduzir. Não cabe a mim opinar sobre isso", esquivou-se Aécio.

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