Um dia após o rompimento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com o governo da presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que o PSDB acompanha “com preocupação” o agravamento do quadro político no país e defende as investigações de todas as denúncias de corrupção.
Em declaração evasiva, sem citar o nome do peemedebista, Aécio diz ainda que o partido continuará atento ao papel de “defender as nossas instituições para que elas cumpram suas funções constitucionais”.
A Folha de S. Paulo procurou o senador nesta sexta-feira (17) para repercutir a declaração de Cunha de que agora fará oposição ao governo, mas só obteve uma resposta na manhã deste sábado.
Desde que assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro, Cunha contou com o apoio de siglas da oposição após derrotar o PT na disputa pelo comando da Casa.
O peemedebista acusa os petistas de incentivar as investigações sobre as suspeitas de que foi beneficiado pelo esquema de corrupção na Petrobras, revelado pela Operação Lava Jato.
Cunha manda assessorias de outros Poderes deixarem salas da Câmara
Servidores da Procuradoria-Geral da República (PGR), Executivo e do Judiciário têm prazo de 30 dias para entregar os cômodos vazios
Leia a matéria completaIsolamento
Mesmo com o rompimento com o governo e a declaração de que fará oposição, Cunha não recebeu apoio do próprio partido e aliados temem que ele fique isolado – apenas com seu grupo mais fiel – na trincheira que abriu contra o governo Dilma.
O PMDB veio a público dizer que continuará apoiando o governo. Principal aliado dos petistas no Congresso, o partido afirmou por meio de nota que a escolha do deputado é “a expressão de uma posição pessoal, que se respeita pela tradição democrática do PMDB”.
Os partidos da oposição também não saíram em defesa de Cunha e apenas classificaram como grave o anúncio do rompimento por aprofundar uma crise institucional no país.
Apenas o Solidariedade declarou apoio oficial a Cunha. Já o PSOL pediu seu afastamento da presidência da Câmara.
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos