O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira que "não têm procedência" os rumores de que o ex-governador José Serra pretende deixar o PSDB.
Segundo Alckmin, Serra não vive um desgaste interno. "Ele é fundador do partido, uma das grandes lideranças, um dos melhores quadros da política brasileira", disse.
Questionado se apoia o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), um dos pré-candidatos da sigla à Prefeitura de São Paulo em 2016, para comandar o diretório municipal da legenda de São Paulo, Alckmin desconversou.
A medida seria um afago em Serra, que é aliado de Matarazzo. "Eu acho que vai ter um bom entendimento e o Andrea é um grande nome", afirmou.
Serra foi convidado pelo presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), para fazer parte do novo partido que resultará da fusão com PMN e deve apoiar a candidatura do governador Eduardo Campos (PSB-PE) à Presidência.Em entrevista, Freire descartou que a fusão servirá para que Serra deixe o PSDB e dispute pela terceira vez o Palácio do Planalto.
A fusão entre PPS e PMN deve ser formalizada amanhã. Freire disse que ele fez um convite a Serra sem compromisso com a corrida ao Planalto, mas que ainda não recebeu resposta.
Aliados dão como reais o embarque do tucano no novo partido diante de seu desgaste no PSDB. Os tucanos deverão lançar como candidato à Presidência o senador Aécio Neves (MG), desafeto de Serra.
Caso queira disputar as eleições de 2014 pela nova sigla, Serra tem até o início de outubro --um ano antes das eleições--para se filiar a ela.
Mas seu "prazo político" é 19 de maio, data da convenção que escolherá Aécio presidente do PSDB. Na avaliação de aliados, Serra não poderá erguer os braços do mineiro caso deseje mudar de sigla.
Ainda segundo serristas, o ex-governador sabe que, hoje, não há espaço no novo PPS para que ele concorra à Presidência. Mas ele sente-se asfixiado no PSDB.