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A pesquisa CNT Sensus, divulgada nesta terça-feira, aponta para duas tendências, segundo o cientista político Rogério Schmitt, da Tendências Consultoria: a estabilidade do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e a consolidação do crescimento do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com Schmitt, no entanto, não houve grande novidade em relação às pesquisas apresentadas no final de junho.

- Lula permanece estável na liderança e continua favorito, vencendo no 1º turno. Por outro lado, está se consolidando o viés ascendente nas intenções de voto em Alckmin. Este é o terceiro instituto a apontar seu crescimento e as intenções estão se aproximando de 30% dos votos, um patamar bem mais competitivo do que aquele em que estava até então - analisou.

Na última pesquisa CNT Sensus, divulgada em maio, a diferença entre Lula e Alckmin era de cerca de 22 pontos percentuais. Agora o presidente aparece com 44,1% das intenções de voto e o tucano tem 27,2%. Schmitt considera expressivo o crescimento de Alckmin desde fevereiro:

- Alckmin cresceu cerca de 50% em relação ao que tinha em fevereiro. Sua situação está muito mais favorável agora.

A polarização entre PT e PSDB, verificada nas últimas eleições, é repetida este ano e aumenta as chances de Lula, segundo o cientista político. Ele ressalta, no entanto, que a posição de Alckmin é mais confortável do que a do candidato tucano de 2002, José Serra:

- Alckmin já está num patamar superior ao que o Serra alcançou no final do 1º turno de 2002, quando obteve 17% dos votos. Ele concorria com Lula, Ciro Gomes e Anthony Garotinho. Eram quatro candidatos competitivos. A vantagem de Alckmin se deve a seus próprios méritos, é claro, mas, em parte, também se deve a ausência de outros candidatos tão competitivos.

Para Schmitt, a presença do presidente na disputa à reeleição é a maior diferença entre as últimas eleições e o pleito deste ano.

- Sempre que o presidente entra na disputa é natural que haja menos adversários. Em qualquer lugar do mundo é muito difícil derrotar um candidato que disputa a reeleição - analisou Schmitt, que acredita que Alckmin vai personificar a oposição ao governo - Agora a disputa é mais plebiscitária. Um candidato acaba personificando todo o eleitorado critico do governo. Esse é o papel que o Alckmin desempenha nesta eleição e foi o papel que o próprio Lula desempenhou em 98.

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