Os norte-americanos que pilotavam o jato Legacy que se chocou em setembro passado com um Boeing da Gol são os principais responsáveis pelo acidente que matou 154 pessoas, afirma o relatório parcial da CPI do Crise Aérea, divulgado nesta quinta-feira.

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Segundo a Agência Brasil, o relator da comissão, Marco Maia (PT-RS), avaliou que os pilotos Jan Paul Paladino e Joseph Lepore têm mais culpa no incidente do que os controladores do vôo 1907, que ia de Manaus ao Rio de Janeiro, com escala em Brasília.

"A grande questão é que o transponder foi desligado e ele é um instrumento de segurança da maior importância. O outro ponto é que o comandante da aeronave é o responsável pelo vôo", disse o deputado, de acordo com a agência estatal. Maia afirmou ainda que Paladino e Lepore "tinham desconhecimento do espaço aéreo brasileiro, pouca capacidade de operação dos equipamentos e uma consciência situacional muito baixa durante as horas que antecederam o acidente", afirma a Agência Brasil, citando trechos do relatório.

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O deputado não pretende pedir indiciamento por homicídio doloso de nenhum controlador de vôo, apesar de considerar que "eles também falharam, principalmente no repassar das informações e no cumprimento das normas legais". Recentemente o Ministério Público Federal denunciou os controladores por negligência e imperícia.

"Vamos responsabilizá-los por atos que não foram praticados no sentido de proteger o espaço aéreo daquela região naquele momento", disse Maia. O relatório foi lido nesta tarde diante da comissão.

Em 29 de setembro de 2006, um Boeing 737-800 caiu numa região de mata fechada no norte do Estado do Mato Grosso após se chocar com o jato executivo. Esse foi o pior acidente aéreo da história do país.

O Legacy seguia de São José dos Campos para os Estados Unidos e conseguiu pousar em uma base aérea no sul do Pará.