A ex-ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, classificou de "vilania" a interpretação sobre sua declaração feita no sábado (10) em São Bernardo do Campo (SP).
Cumprindo agenda em Fortaleza nesta terça-feira (13), ela afirmou não ter se referido aos exilados e nem mesmo a José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, mas sim tratado de ataques feitos contra a campanha dela. Segundo Dilma, o objetivo de seus opositores com o que chamou de "distorção" seria fugir do debate de propostas. E alfinetou, parodiando o "slogan" de Serra: "Nós temos muito a apresentar e a discutir. Não é que nós podemos mais. Nós fizemos mais". "Não precisa tentar me atemorizar porque eu não vou ser atemorizada. Não precisa achar que debaixo da saraivada de críticas que eu recebo diariamente, eu vou deixar de pensar no que eu acredito e nem que vou deixar de fazer aquilo que eu creio. É esse o sentido. É uma fala extremamente atual", reiterou. A ex-ministra explicou que não se referiu aos exilados quando disse que não fugia da luta. "Tanto a clandestinidade como o exílio eles tinham o mesmo efeito. A gente entrava na clandestinidade ou no exílio não porque queria, não porque a gente optava. A gente fazia isso por um motivo muito simples: porque muitas vezes era a diferença entre a vida e a morte".
E reiterou: "Eu repudio integralmente. Considero mesmo que é uma vilania as interpretações forçadas que querem ler a seguinte frase: 'Eu não fujo da situação quando ela fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Eu posso apanhar, sofrer e ser maltratada como já fui, mas estou sempre firme com as minhas convicções'. Interpretar isso como sendo uma crítica ao exílio ou medo da clandestinidade é uma vilania".
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura