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Em rota de colisão com o prefeito Fernando Haddad (PT) desde que foi deflagrada a operação contra o esquema de corrupção na prefeitura da capital paulista, o ex-prefeito Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, costura a realização de um grande evento, em dezembro, para deixar claro que a legenda apoiará a campanha à reeleição de Dilma Rousseff.

A articulação envolve e tem o aval do ex-presidente Lula, com quem Kassab vem conversando nos últimos dias.

Kassab ficou indignado com Haddad por causa da politização da apuração do esquema de propina. O prefeito petista vem reiterando, ao longo dos últimos dias, duras críticas à gestão anterior, que classifica como um "descalabro". Haddad também sustenta que pegou a prefeitura quebrada.

"Eu só respondi aos ataques que recebi", disse Kassab, referindo-se à entrevista que deu ao jornal "Folha de S.Paulo", na qual afirmou que Haddad também vem fazendo um "descalabro" na cidade.

Tempo de TV em jogo

Para tentar evitar o aprofundamento da crise, que pode contaminar a aliança nacional que vem sendo articulada por Lula e Dilma ao longo dos últimos anos, o ex-presidente e o comando nacional do PT intervieram. O PT considera que o apoio de Kassab à reeleição é estratégico para a governabilidade. O PSD tem 46 deputados federais e três minutos de tempo de TV, importantíssimos para a reeleição de Dilma e também para eventual apoio à candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo.

Lula avalia que o partido tem duas missões na eleição de 2014: reeleger Dilma e eleger Padilha em São Paulo, para tirar o PSDB do poder. Os tucanos governam o estado de São Paulo há 20 anos.

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