São Paulo, (AE) Na avaliação do economista-sênior do Banco WestLB, Adauto Lima, a postura do ministro Palocci na entrevista de ontem foi "firme e positiva no sentido de argumentar que os documentos citados por Buratti não o envolvem diretamente". Segundo Lima, Palocci deu as explicações necessárias e falou de maneira frontal e sem rodeios.
Na opinião do economista, o ministro agiu de forma correta, diferentemente do que tem feito o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu. "É natural que um ou outro agente econômico mantenha, no decorrer da próxima semana, um certo grau de cautela, mas nada que possa agregar muita volatilidade ao mercado".
"O problema dentro de um cenário de crise, como o que estamos vivendo, é que a cada dois dias aparecem novos fatos na imprensa", afirmou o economista. Ele ressaltou, no entanto, que depois de o ministro Palocci ter deixado claro que nenhuma medida de aperto monetário será tomada por pressão política, certamente o mercado ficará mais aliviado. Para Lima, Palocci deixou claro que qualquer medida no sentido de elevar juros ou de ampliar o superávit primário só se dará, se necessário, obedecendo critérios técnicos e não em respostas a fatores políticos.
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