O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (24) que a redução do número de ministérios do governo federal é um “sinal positivo” por parte do Executivo, mas que o ideal seria que o Congresso aprovasse projeto de lei de sua autoria que determina o corte de 19 pastas.
Após participar de reuniões na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) sobre o Pacto Federativo, Cunha falou sobre o tema. “É uma disposição positiva [do governo federal], nós temos que dar sinal para a sociedade de economia, mesmo que o valor monetário da economia não seja um valor relevante”, afirmou.
O peemedebista, oficialmente em oposição ao governo, ponderou no entanto que o corte deveria ter sido maior, ao citar proposta sua que tramita na Câmara.”Se vão reduzir dez, nós vamos ficar devendo nove para a minha proposta”, disse.
O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) anunciou nesta segunda-feira (24) que a presidente Dilma Rousseff autorizou cortar 10 de seus 39 ministérios até setembro, além de reduzir o número de secretarias e cargos comissionados da União.
Ao explicar por que considera bom o corte, mesmo discordando de sua extensão, Cunha desenvolveu o raciocínio: “São menos dez ministros para pegar avião da FAB, menos dez chefes de gabinete, menos dez carros com motoristas, menos dez assessores de sei lá do quê, menos cargos de comissão. Consequentemente, é um sinal positivo para a gente mostrar que o governo está preocupado também em economizar recursos públicos”, completou.
Temer
O presidente da Câmara também comentou a disposição que o vice-presidente da República, Michel Temer, tem mostrado para deixar o cargo de principal articulador político do governo federal junto ao Congresso. Correligionário de Temer, Cunha vê com bons olhos a saída.
Temer comunicou a Dilma que não cuidará mais da política no varejo – o vice quer cuidar apenas da ‘‘macropolítica’‘, sem responsabilidade por cargos e emendas.
“Ele [Temer] ficou muito sabotado esse tempo todo”, afirmou. “A saída dele da articulação, se confirmada, é um bom sinal. E eu estou defendendo que o congresso do PMDB seja adiantado, para a gente discutir a possível saída do PMDB do governo.”
Defensor de que seu partido deixe a aliança que dá sustentação ao governo federal no Congresso, Cunha espera que seu partido adote a posição oficialmente após o congresso da sigla, marcado para novembro.
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