Em uma nova estratégia para esvaziar a CPI da Petrobras, o PT marcou para a próxima terça-feira (15) o depoimento da presidente da estatal, Graça Foster, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Foster havia desmarcado um outro depoimento na mesma comissão, que ocorreria na semana passada, por orientação da bancada do PT no Senado que considerava mais prudente deixá-la falar na própria CPI.

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Agora, o PT entende que a ida de Foster à CAE pode fazer a CPI perder força diante da possibilidade real dela ser instalada no Senado. Os petistas afirmam, nos bastidores, que a fala do ex-presidente Lula de que o partido deve "ir para cima" para impedir a instalação da CPI da Petrobras motivou a sigla a incentivar a ida da presidente da empresa neste momento.

Presidente da CAE, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que Foster lhe telefonou na tarde de hoje pedindo para marcar o depoimento. O senador consultou a bancada, que avalizou sua ida. "Ela já tinha me dito desde a outra vez que queria prestar depoimento, mas por orientação da bancada, cancelou. Pode ser útil para baixar esse clima, ela poderá falar e explicar tudo", afirmou Lindbergh.

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O senador disse que, se a CPI da Petrobras for instalada, a presidente da estatal estará "à disposição" para prestar um novo depoimento na comissão de inquérito.Os depoimentos de Foster e do ministro Edison Lobão (Minas e Energia) tinham sido sugeridos pelo PT antes dos pedidos de criação da comissão de inquérito para que eles rebatessem as denúncias de irregularidades no negócio envolvendo a compra da refinaria de Pasadena (EUA).

A presença de ambos era uma tentativa de convencer a oposição de desistir da CPI, mas a estratégia não fez o PSDB e o DEM mudarem de ideia. Como a oposição, e depois os próprios governistas, apresentaram pedidos de CPI, aliados de Dilma consideraram que o desgaste seria desnecessário.