Às turras com o próprio partido, o senador Flávio Arns (PT-PR) nada contra a maré em relação à fidelidade partidária. Enquanto a discussão quase sempre gira em torno de soluções para evitar a migração de parlamentares eleitos por partidos de oposição para legendas alinhadas ao governo, ele quer seguir o caminho contrário. O petista defende a tese de que a fidelidade precisa ser regra de mão-dupla para partidos e filiados.
"Todas as pessoas que desejam repensar a vida partidária precisam ter essa oportunidade, de preferência no final do mandato", diz. Arns já trocou o PSDB pelo PT em 2001, um ano antes de candidatar-se a senador. "Costumo dizer que aprendi que quando um partido está no poder a sua verdadeira personalidade se manifesta."
Apesar do desacordo com as mudanças ideológicas petistas, o senador conta que aprendeu a lidar com a situação. "Nunca fui um político muito partidário. Sempre procuro estar em sintonia com os movimentos organizados da sociedade. São eles que me dão sustentação, para quem eu trabalho, e não o partido." (AG)
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