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Eduardo Cunha, presidente da Câmara. | LULA MARQUES/ Agência PT/Fotos Públicas
Eduardo Cunha, presidente da Câmara.| Foto: LULA MARQUES/ Agência PT/Fotos Públicas

Em menos de um mês, a Mesa Diretora da Câmara Federal, controlada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já autorizou a abertura de três representações contra parlamentares no Conselho de Ética da Casa, além da já instaurada contra o próprio peemedebista. As decisões são vistas por integrantes do colegiado como uma forma de tirar o foco do processo contra Cunha e tumultuar a avaliação e o julgamento das denúncias que pesam sobre ele.

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Se a representação contra o deputado passar pela fase de admissibilidade, a apreciação no conselho, composto por 21 titulares, só deve ocorrer em abril de 2016. O conselho vinha funcionando desde março sem nunca ter sido invocado pela Mesa Diretora nesta legislatura.

Além dos quatro casos já em avaliação, outras 24 representações esperam o aval do próprio Cunha, que preside a Mesa, para abertura de processo disciplinar no colegiado. Com isso, a pauta ficaria abarrotada.

Se conseguir “encher” o conselho de representações e ganhar tempo com recursos e ações protelatórias, o julgamento do peemedebista em plenário só acontecerá no segundo semestre de 2016. Antes de assinar a abertura de novos processos, Cunha vai avaliar, contudo, os eventuais impactos nos ânimos dos partidos e colegas denunciados.

Cunha disse na sexta-feira (13) que vai encaminhar ao Conselho as representações feitas por partidos. As demandas de cidadãos comuns ou de parlamentares contra colegas serão levadas à Corregedoria. Ele informou que vai decidir a respeito nos próximos dias.

O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), disse estar disposto a montar uma “força-tarefa” para garantir não só que todos os processos deem seguimento, como também assegurar que o colegiado não perca seu foco em Cunha. “Há uma orquestração, não sei por parte de quem, para banalizar o Conselho de Ética”, reclamou.

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