O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse lamentar a aproximação do candidato do PRB, Celso Russomano, com a administração do atual prefeito Gilberto Kassab (PSB) e com o candidato apoiado por ele, o tucano José Serra. Segundo Haddad, os candidatos que disputam à prefeitura não podem deixar de olhar para os problemas de São Paulo na atual gestão, sob pena de terem suas candidaturas enfraquecidas.
"A perspectiva é de que candidatura dele [Russomano] representaria mudança e não continuidade. Se houve mudança de perfil da candidatura, não posso afiançar. Imaginava uma candidatura propondo mudança. Abdicar de fazer juízo crítico do que está acontecendo na cidade pode enfraquecer a proposta de mudança", disse Haddad, que fez uma caminhada no Butantã, Zona Oeste de São Paulo.
Russomano, o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, e Serra tiveram um encontro na última semana. Embora neguem um "acordo de cavalheiros", os dois candidatos têm evitado as críticas mútuas. A gestão de Kassab também tem dado sinais de que privilegiaria o nome do Russomano em redutos petistas da capital paulista.
Serra e Russomano lideram a última pesquisa Datafolha de intenção de voto em São Paulo. O tucano tem 30%, contra 26% de Russomano. Haddad tem 7% das intenções de voto. O candidato petista disse que espera um crescimento de sua candidatura.
"Representamos uma proposta de governo que tem quase 80% de aprovação da população. Na contramão disso está a prefeitura de Kassad que recebeu nota 4,4 da população. O Brasil viveu seu melhor momento econômico em 40 anos e prefeitura de São Paulo não aproveitou isso. Perdeu o bonde da história", disse Haddad.
O ex-ministro da Educação também disse não temer a discussão do Mensalão durante a campanha eleitoral. "Nos debates tenho de estar preparado para responder qualquer pergunta. Minha preocupação é com a cidade. Mas se surgirem outros temas, não há nenhuma dificuldade em responder".
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