Em entrevista à reportagem, o líder da situação na Assembleia Legislativa, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), defendeu a postura do governador Beto Richa (PSDB). Para ele, se trata de um estilo de governo. “Eu já fui líder de dois governos. O Requião vai lá e diz “deixa que eu chuto”. O Beto delega, corrige na hora que tem que corrigir”, diz o peemedebista.
Romanelli nega, contudo, que as três medidas tenham sido “recuos” do governador. “Eram coisas que não tinham sido levadas para o crivo dele ainda. Quando ele soube, ele decidiu. Ele não tem compromisso com o erro”, defendeu. No caso das escolas, a medida já estava em estágio avançado, de acordo com o sindicato dos educadores (APP), que reuniu quase 70 comunicados recebidos por diretores de colégios em todo o Paraná sobre fechamentos de turmas ou de toda a unidade.
“No caso das escolas, houve uma inabilidade de comunicação em alguns núcleos de educação. Factoides foram criados”, admitiu o líder. Os alvos principais da pasta da Educação eram as escolas que funcionavam dentro de imóveis alugados. Após a repercussão, o governador mandou suspender a ideia.
Já o deputado estadual Nereu Moura (PMDB) sustenta que o “vai e vem” do governador é resultado de um “governo perdido, sem projeto, que toma decisões ao sabor do vento”. “O grande centro de um governo tem que ser a credibilidade. Esse governo não tem isso”, criticou ele. (CS)
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”