Lula rebateu José Serra e afirmou que Dilma será a candidata do PT em 2014| Foto: Ricardo Stuckert Filho/Presidência

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou ser contrário às prévias no PT de São Paulo, mas disse que há situações em que elas não são necessárias. "São Paulo tem um bom problema: excesso de candidatos. Tem que ver como era difícil procurar alguém para ser candidato e ninguém queria ser. Vai prevalecer o bom senso."

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O petista afirmou que sugeriu a escolha dos candidatos em prévias em 1991. "Portanto não posso ser contra a prévia. Mas há momentos em que a prévia é importante, tem momento que não precisa. Pode fazer um acordo partidário."

O ex-presidente tenta emplacar como candidato na capital o ministro da Educação, Fernando Haddad, cujo nome continua gerando resistências, ainda que em menor número. Caciques do partido já descartam a candidatura do ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e preveem uma quebra-de-braço entre Haddad e a senadora Marta Suplicy. Lideranças petistas avaliam que o que vai prevalecer no final é a indicação de Lula.

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Serra e Jobim

Lula fez ontem críticas ao ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) e afirmou que a candidata do PT à Pre­­sidência em 2014 é Dilma Rousseff.

"Serra deveria falar pelo PSDB. Ele não está conseguindo resolver com Aécio Neves e quer resolver o problema do PT? O Brasil tem uma candidata em 2014 que é a Dilma. Só há uma hipótese de ela não ser a candidata: se ela não quiser", disse Lula.

Em entrevista ao jornal espanhol El País, Serra havia dito que a probabilidade do ex-presidente disputar o Planalto em 2014 é muito alta.

Lula disse não acreditar que a oposição possa contribuir com o governo. "Não acredito, é como jogador que está no banco de reserva, diz que está torcendo pelo companheiro, mas quer que ele se contunda."

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O ex-presidente também comentou sobre as declarações do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que afirmou que em 2010 votou em Serra para presidente. "Nunca me preocupei em perguntar aos meus amigos em que votam. O voto é sagrado e cada um vota em quem quer. O Jobim não foi convidado para o meu governo por causa do voto dele."