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O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, negou, por meio de sua assessoria, que tenha feito repasses de caixa dois para aliados do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) durante a campanha pelo governo de Minas Gerais em 1998. Segundo reportagem do jornal "Folha de São Paulo" deste sábado (22), Walfrido Mares Guia teria registrado em manuscritos apreendidos pela Polícia Federal (PF) repasses de dinheiro não declarados à Justiça Eleitoral à candidata ao Senado Júnia Marise (PDT). Uma semana depois, a Polícia Federal (PF), de acordo com a reportagem, identificou a entrada de R$ 200 mil nas contas pessoais de dois assessores de Júnia Marise.

A PF suspeita que o dinheiro saiu do esquema de caixa dois operado pelo publicitário Marcos Valério. No material apreendido pela polícia, a assinatura dos manuscritos é reconhecida pelo ministro, que era candidato à vice na chapa de Eduardo Azeredo.

De acordo com a assessoria do ministro, a PF está usando "rascunhos" feitos no início da campanha com previsões de gastos e de trabalho com os comitês de outros candidatos para tentar provar o esquema de caixa dois na campanha de Azeredo ao governo de Minas em 98. "São conjecturas", rebateu a assessoria de Walfrido dos Mares Guia.

A reportagem da "Folha de São Paulo" afirma que, segundo a Polícia Federal, Mares Guia teria anotado no mesmo manuscrito o repasse de R$ 500 mil para Júnia Marise e de R$ 1 milhão para Hélio Garcia, candidato ao Senado. Em outro manuscrito, o ministro teria anotado as iniciais JM e HG e os valores R$ 100 mil e R$ 280 mil. A suspeita é que estes valores seriam repassados para Júnia Marise e Hélio Garcia, respectivamente. Uma semana depois, assessores de Marise teriam recebido R$ 200 mil em suas contas.

O jornal informa que a Polícia Federal não conseguiu rastrear repasses da campanha de Eduardo Azeredo para o candidato ao Senado Hélio Garcia, o que é usado como argumento pela assessoria de Walfrido Mares Guia para rechaçar a acusação de uso de dinheiro ilegal na campanha de 98. Os interlocutores do ministro das Relações Institucionais afirmam que, nos "rascunhos" apreendidos pela PF, constavam apenas previsões de gastos, "que não se consolidaram como realidade".

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