O juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Justiça Federal relacionadas à Operação Lava Jato, afirmou nesta quinta-feira (23) que não existem motivos para a convocação da advogada Beatriz Catta Preta para depor na CPI da Petrobras. O despacho do juiz, divulgado nesta quinta-feira (23), foi uma resposta ao deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), autor da convocação da advogada. Pansera pediu que Catta Preta explicasse a origem dos pagamentos de seus honorários por réus da Lava Jato. Para Moro, a convocação é uma forma de constranger Beatriz Catta Preta.
Na segunda-feira (20), a advogada, responsável por nove das 17 delações premiadas da Lava Jato, desligou-se de todas as ações penais envolvendo o caso. E, segundo colegas, informou que iria se mudar para Miami (EUA). Nos bastidores, especula-se que ela tenha sido intimidada.
Entre os delatores assistidos por Beatriz Catta Preta estava o lobista Julio Camargo, que disse ter pago propina ao deputado Eduardo Cunha (PMDB).
No texto em que trata do caso, o juiz Moro afirmou que o requerimento é uma “especulação abstrata” por não existir indícios de origem criminosa nos recursos utilizados para o pagamento da advogada. Para o juiz, o pedido é “constrangimento ao acusado e seus defensores”.
Moro é responsável pela liberação de pessoas ligadas à operação para depor na CPI. No despacho desta quinta, ele destacou que o tema dos “honorários contaminados é polêmico”, mas argumentou que há advogados em situação similar, como os defensores dos ex-diretores da estatal Renato Duque e Nestor Cerveró, mas que apenas ela foi chamada à CPI.
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