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Em e-mail enviado à imprensa local na tarde de ontem, o irmão do prefeito Nedson Micheleti, Nilton Micheleti, classificou como "falsa denúncia de extorsão contra o PT" a insinuação feita pelo advogado do partido, João dos Santos Gomes Filho, de que tentou, sob ameaça, obter vantagens do partido.

"A carta apresentada fazia referência a uma cobrança trabalhista que o advogado não mostrou", afirma trecho do e-mail. "Em nenhum momento o bilhete teve o caráter dechantagem ou extorsão. A carta foi protocolada na sede do PT, encaminhada ao senhor Jacks Dias (presidente do PT em Londrina) que me orientou a conversar com o senhor Francisco Moreno, tesoureiro do PT."

Nilton diz ter sido atendido por Francisco Moreno, que o teria aconselhado a não entrar na Justiça com ação trabalhista para a cobrança da dívida, calculada em R$ 17.333,33 mil. "Aceitei seus argumentos e o assunto foi dado como encerrado." No e-mail, Nilton anexou uma planilha de cálculo com os valores detalhados da suposta dívida trabalhista. Por quatro meses de trabalho ele pretende receber R$ 8 mil, além de férias, 13º terceiro salário, horas-extras e adicionais. Além disso, Nilton cita que alugou um veículo com ar-condicionado usado na campanha durante quatro meses, num total de R$ 6 mil. Esse valor, no entanto, teria sido pago pelo PT em parcelas de janeiro a julho e em valores que vão de R$ 500 a R$ 2.500.

O irmão do prefeito diz ter considerado "estranha e maldosa a postura do advogado (João Gomes) que diz que toda e qualquer acusação deve ser tratada na esfera judicial, permitindo defesa, mas vem a público denegrir minha imagem fazendo julgamento pessoal inclusive com ofensas", protestou. Nilton contestou o advogado afirmando que se o PT entendesse a carta como chantagem, o partido deveria ter prestado queixa à polícia. "A cúpula do PT sabia se tratar claramente de um bilhete de cobrança." O irmão do prefeito considerou como "pura ingenuidade" imaginar que ele enviaria um "pedido de chantagem por escrito". Nilton disse ainda não ter envolvimento com as denúncias de caixa dois, embora tenha apoiado a ex-assessora Soraya Garcia a procurar o Ministério Público. "Não existe ligação entre esta carta e as denúncias apresentadas por outras pessoas contra o PT", pontuou. Para ele, existe uma tentativa de envolvê-lo numa "rede de intrigas" para desviar o foco real das acusações contra petistas. No e-mail, Nilton alega estar fora de Londrina a trabalho e prometeu voltar a Londrina para se defender das acusações.

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