Dois dos presos na 14ª fase da Operação Lava Jato, nesta sexta-feira (19), no Rio, são considerados pela Polícia Federal como “operadores financeiros da Odebrecht”.
- Planilhas de empreiteiras ironizavam distribuição de obras da Petrobras
- Executivo da Odebrecht diz que Youssef pediu doação de campanha
- Interpol busca operador de propinas da Odebrecht no exterior
- Juiz bloqueia até R$ 20 milhões de executivos investigados na Lava Jato
- Delator indica que Odebrecht sabia de propina para Eduardo Campos
De acordo com as investigações, o empresário João Antônio Bernardi Filho, 67, e Rogério Santos de Araújo, da Odebrecht, ambos com prisão preventiva, cuidariam de parte da movimentação do dinheiro no esquema. Entre os detidos também estão os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo.
Bernardi Filho é representante da empresa Saipem, no Brasil, e também sócio da Hayley no país. Ele foi funcionário da Odebrecht nos anos de 1990. A Saipem conseguiu em 2011 a exploração dos campos Sapinhoá, Lula e Lula Nordeste, no pré-sal.
Nesta sexta (19), a PF descobriu que as empresas offshore no Uruguai -entre elas, a Hayley- foram abertas pelo contador do Rio Rogério Gonçalves.
Sobre Rogério de Araújo, um dos indícios dos policiais é um depoimento à Justiça Federal, feito pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Segundo Costa, Araújo sugeriu a ele que “abrisse uma conta no exterior”. A ideia seria pagar propinas em contas fora do país. A pessoa indicada por Araújo a Costa para a abertura da conta foi, segundo as investigações, Bernardo Freiburghaus, atualmente foragido da Justiça. Freiburghaus é apontado como responsável por abrir as contas pelos envolvidos no esquema na Suíça.