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O PP cobrou do governo a defesa das ações do Ministério das Cidades, que está sendo alvo de denúncias de suposto uso partidário da pasta. O líder do PP na Câmara, Nelson Meurer (PR) disse que cabe ao governo dar explicações públicas às acusações publicadas pela revista IstoÉ. O ministério das Cidades é comandada por Mário Negromonte, que é do PP.

"O governo tem de tomar providências e esclarecer os fatos. É a Caixa (Caixa Econômica Federal) que autoriza o projeto (da obra) que pede o empenho, que autoriza o início das obras e, depois, é a própria Caixa que paga por medição", afirmou Meurer. Ele disse que não cabe ao ministro Negromonte ir ao Congresso dar explicações sobre acusações de uso partidário do Ministério, porque, segundo ele, dizem respeito a fatos ocorridos no passado. "Ele não vai, porque não foi no tempo dele. Foi no tempo do ministro Márcio Fortes, no governo Lula", disse.

A cobrança de Meurer foi feita em meio a desconfianças de parlamentares do partido de que integrantes do próprio governo estariam por trás das acusações envolvendo o ministério comandado pelo PP. "Nós esperamos que não seja um bombardeio do próprio governo contra o PP e que não seja fogo amigo. Não estamos preocupados com a acusação, porque ela é absurda, mas queremos entender qual é a intenção disso. Não posso entender que o governo esteja tentando prejudicar a própria base", disse um integrante da bancada do PP.

Apesar da cobrança do aliado da presidente Dilma Rousseff, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), no entanto, disse que não cabe ao governo dar explicações. "O governo tem de fazer uma defesa política, mas nós não precisamos fazer isso. O que é verdade aparece e muita coisa cai por denúncia vazia", respondeu Vaccarezza.

AlmoçoEm reunião com líderes da base, hoje, durante um almoço, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que o enfrentamento das denúncias deve ser feito no Congresso, pelos partidos. Amanhã, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, irá depor na Comissão de Agricultura da Câmara sobre o suposto esquema de uso partidário da pasta comandada pelo PMDB.

O ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou em entrevista à revista Veja que o PMDB transformou o Ministério e a estatal em "central de negócios" e que a empresa hoje abriga "só bandidos". Rossi é indicação do vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP).

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