Brasília - O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse ontem que o partido não tem sido tratado de forma privilegiada em relação a denúncias de corrupção. Raupp destacou que dois indicados do partido já foram demitidos do Ministério da Agricultura e afirmou que está sendo dado o tratamento adequado às denúncias.
"O tratamento está sendo dado. Duas pessoas ligadas ao PMDB foram afastadas. Nós não estamos colocando o PMDB como intocável, que não está imune a nada", disse Raupp. As demissões a que ele se refere são as de Oscar Jucá Neto (ex-diretor financeiro da Conab) e Milton Ortolan (ex-secretário executivo da pasta).
Raupp afirmou ainda que não há discussão sobre a situação do ministro Wagner Rossi. Ele disse que Rossi fica "se não surgir fato novo". O presidente do PMDB destacou que o ministro estará amanhã no Senado para dar explicações sobre as denúncias.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reforçou o coro em defesa do ministro. Segundo ele, Wagner Rossi está tomando as "providências que ele acha necessárias" para conter a crise na pasta.
Já o senador oposicionista Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) desafiou a presidente Dilma Rousseff a agir com o PMDB da mesma forma como fez com o PR, que perdeu 28 servidores por causa da "faxina" realizada no Ministério dos Transportes, comandado pelo Partido da República. "Vamos ver se a presidente está realmente disposta a fazer o que ela chamou de faxina", afirmou. "Ela mexeu com o PR, será que terá a coragem de enfrentar os problemas do PMDB?", questionou.
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