Quem mandou matar Paulo César Farias? Para o promotor do caso, que refuta a tese de que Suzana Marcolino matou o namorado e depois se suicidou, em 1996, esse será um mistério que jamais será resolvido.
"Nunca saberemos", disse à reportagem Marcos Mousinho. "Esse vai ser o crime típico do presidente Kennedy, dos Estados Unidos... Sempre vai se especular e especular e nunca vai se identificar o verdadeiro autor [intelectual]", afirmou, referindo-se ao assassinato de John F. Kennedy, em 1963.
Ele diz que, mesmo que os quatro ex-seguranças acusados de envolvimento na morte do ex-tesoureiro da campanha de Fernando Collor e de Suzana sejam condenados, o mandante seguirá livre.
Segundo Mousinho, não é possível nem cravar que qualquer um do quarteto tenha realizado os disparos. Eles estão sendo julgados, desde a última segunda-feira, por homicídio por omissão, a tipificação prevista no Direito Penal para quando não é possível individualizar as condutas dos réus.
Eles teriam participado nas mortes ou, no mínimo, se omitiram ao não evitá-las, já que eram os protetores de PC.
Questionado se o caso, então, vai acabar morrendo desta forma, o promotor foi lacônico: "Isso só seria possível evitar com uma prova nova. Já arquivaram o inquérito e não há prova nova".
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