De olho na movimentação do pré-candidato do PSB a presidente, Eduardo Campos, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, assumiu ontem a direção do seu partido em Pernambuco e vai entregar o comando geral da sigla ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), no próximo dia 16 – data da convenção nacional dos tucanos. O objetivo é "fazê-lo mais conhecido por todas as áreas do Brasil" e mostrar – como Campos vem atuando – que o político mineiro também está na disputa. Os tucanos querem que ele seja "identificado" pelos eleitores, ainda em 2013, como "candidato" a presidente.

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Para Sérgio Guerra, embora as convenções para escolher o candidato só ocorram no próximo ano, o PSDB tem mais é que antecipar a sua "identificação". Esse é, inclusive, um dos motivos pelos quais Aécio vai assumir a presidência nacional do partido.

Sobre as eventuais rusgas entre o senador mineiro e o ex-governador de São Paulo José Serra, o pernambucano disse acreditar que elas serão inteiramente superadas: "Quando se apresentar a candidatura de Aécio a presidente da República, tenho certeza de que ele [Serra] apoiará", assegurou.

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Concorrência

Guerra definiu como salutar um número maior de concorrentes ao Palácio do Planalto. Na opinião dele, as duas pré-candidaturas vão dificultar o reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014, e acabar com "a reserva de mercado de votos".

"A candidatura de Eduar­­do [Campos] é boa para o Brasil. Se ela favorece ou não o PSDB, é outro assunto e isso não é tão importante. O fato é que sendo Eduardo candidato, Marina [Silva] candidata, sendo Aécio candidato, e outros que poderão surgir, a eleição vai se dar de forma múltipla. Não será fácil para a Dilma enfrentar uma eleição com Aécio no Sudeste e Eduardo no Nordeste, por exemplo. O importante é que não vai se delinear o que o PT tenta fazer crer, a ideia de que o candidato dele é a virtude e os outros são os pecadores, que eles são o bem e os outros são o mal. Acabou-se a reserva de mercado de votos", ironizou o deputado.