Brasília - O PT não deverá impor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva regras para a sua atuação durante a campanha presidencial deste ano. Lula ficará livre para participar dos palanques de aliados, mesmo os daqueles que estiverem em disputa com candidatos petistas.
O líder do governo da Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o sentido da participação de Lula nos palanques petistas e nos palanques aliados não será de declarar apoio, mas de pedir votos para a candidata do PT à sua sucessão. "É claro que o presidente não é um petista comum", disse o líder.
A decisão de como tratar a questão, na opinião de Vaccarezza, será do próprio presidente. O PT já decidiu a postura de sua provável candidata, Dilma Rousseff, que é de marcar presença nos palanques que a apoiarem. Na Bahia, por exemplo, Dilma estará no palanque do candidato do PMDB ao governo do estado, Geddel Vieira Lima, e do candidato petista e atual governador, Jaques Wagner.
Em São Paulo, Dilma deverá estar no palanque de Aloizio Mercadante, pré-candidato petista ao governo, e de Paulo Skaff (PSB). "Dilma é a candidata de uma articulação política não de um partido. Há estados em que ela terá dois palanques e há outros em que ela deverá ter até três palanques. Isso não é ruim, é bom", disse o líder do governo.