Brasília (Folhapress) A psicóloga Roseana Garcia, viúva do prefeito morto de Campinas (SP) Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, reafirmou ontem à CPI dos Bingos acreditar que o assassinato de seu marido foi político, provavelmente por ele ter contrariado interesses na prefeitura, e não crime comum, como concluiu a polícia de São Paulo.
Roseana disse ainda não saber de possíveis esquemas de arrecadação em prefeituras administradas pelo PT para caixa 2 de campanha. Porém voltou a citar a possibilidade de que ordens para assassinar o prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), em janeiro de 2002, possam ter partido de pessoas de Campinas, sem ligar diretamente os dois crimes.
Filiada ao PT, Roseana afirmou não saber se continuará no partido, que criticou pela "falta de empenho" na apuração da morte de seu marido, ocorrida em setembro de 2001, oito meses após ele ter assumido a prefeitura de Campinas. "O PT deveria ter se empenhado para que não pairasse dúvida", disse.
Depois de citar aos parlamentares que cobrou, por várias vezes, a entrada da Polícia Federal (PF) nas investigações sem ser atendida, ouviu do líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP), que isso deve acontecer por meio da apuração de outro crime.
"Por que não interessa a ninguém investigar a morte do Toninho e a do ex-prefeito Celso Daniel?", questionou Roseana, lembrando que Lula havia prometido empenho antes de ser eleito presidente.
Segundo o senador, a PF ajudará nas investigações da ação da polícia de Campinas, realizada na cidade litorânea de Caraguatatuba (SP), que resultou na morte de dois suspeitos do assassinato de Toninho.
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