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Servidores parados em Curitiba. Mobilização é nacional. | /
Servidores parados em Curitiba. Mobilização é nacional.| Foto: /

Duas mobilizações de servidores públicos têm prejudicado o devido funcionamento da Justiça em âmbito nacional e regional: de servidores do Ministério Público da União (MPU) e da Justiça Federal. Os funcionários do MPU, que inclui o Ministério Público Federal e do Trabalho, estão em greve há 46 dias. Em Curitiba, enquanto apenas 30% do efetivo mantém a rotina normal de trabalho, os funcionários organizam protestos diários em frente às instituições.

Conforme o diretor da seccional Paraná do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público (Sinasempu), Renato Cantoni, a pauta de reivindicações inclui a reposição salarial, que, segundo ele, não ocorre há nove anos, e melhores condições de trabalho. “Os bons servidores estão indo para outros órgãos, está muito difícil manter os funcionários de qualidade”, aponta.

Ainda segundo Cantoni, os serviços que envolvem as investigações em torno da operação Lava Jato não foram prejudicados, já que os servidores deslocados especialmente para essa função não estão em greve. Porém, o efetivo restante tem dado conta apenas de atendimentos emergenciais e casos que envolvem réus presos, que demandam agilidade. Das 17 unidades do MPU espalhadas pelo Paraná, 10 aderiram à greve, que também ocorre em outros 22 estados.

Justiça Federal

Servidores da Justiça Federal do Paraná organizaram uma nova paralisação por algumas horas na tarde desta quarta-feira para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. Na terça-feira (24), eles já haviam participado de um ato em frente à sede da instituição Judiciária. As paralisações fazem parte da mobilização nacional da categoria, que busca principalmente reposição salarial. A classe também não descanta a possibilidade de greve.

Conforme o coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União, Adilson Rodrigues dos Santos, em nove anos, os servidores sofrem com a perda de 50% de falta de reposição salarial. Eles também reivindicam a aprovação de um plano de carreira e salários para a classe. Além disso, os funcionários reclamam da quantidade de processos por servidor: cerca de 322 ações para cada.

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