Equipe ministerial completa só sai em dezembro, afirma Temer
O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, confirmou ontem que a presidente Dilma Rousseff deve definir nesta semana a nova equipe econômica para o segundo mandato. Mas, de acordo com Temer, o restante dos nomes provavelmente "fica para depois".
"A presidente vai verificar esta semana se decide a questão da área econômica e o restante fica para depois", disse Temer. "Não há novidade nenhuma em relação a ministério. Não há novidade, pelo menos no tocante ao PMDB."
Temer informou que conversou com Dilma na última quinta-feira para tratar do espaço do PMDB no segundo governo da presidente. Atualmente, o partido ocupa cinco ministérios: Agricultura, Secretaria de Aviação Civil, Previdência Social, Minas e Energia e Turismo. A sigla reivindica mais espaço na nova administração.
Segundo Temer, "não há decisão a respeito" da indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura. "Pelo menos no tocante ao PMDB, tudo ficou para dezembro, primeiro ponto. Segundo ponto, seja quem seja indicado, haverá os que criticam e os que elogiam."
Estadão Conteúdo
Pressionada pela esquerda do PT por convidar a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura, a presidente Dilma Rousseff decidiu anunciar na próxima quinta-feira dois nomes do partido para cargos na Esplanada: o gaúcho Miguel Rossetto será oficializado na Secretaria-Geral, hoje ocupada pelo paranaense Gilberto Carvalho; e o presidente do Incra, Carlos Guedes de Guedes, irá para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, atualmente comandado por Rossetto.
A escolha de Kátia Abreu incomodou setores do PT por ela ser muito vinculada ao agronegócio e também ao PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, porque os peemedebistas foram pegos de surpresa com o convite. Temer nem sequer foi consultado por Dilma sobre a indicação.
Na quinta-feira, a presidente nomeará ainda Joaquim Levy para a Fazenda; Nelson Barbosa para o Planejamento; e manterá Alexandre Tombini no Banco Central. Já o senador Armando Monteiro ocupará o Ministério do Desenvolvimento.
Além de Kátia Abreu, setores do PT também estão insatisfeitos com escolha de Levy para a Fazenda, por considerá-lo muito "conservador". Em função disso, o líder do partido no Senado, Humberto Costa (PE), e o senador Jorge Viana (PT-AC) saíram ontem em defesa dos novos integrantes da equipe ministerial. Em discurso, Humberto Costa disse que Levy tem "competência" reconhecida e que vai ser o "guardião" do atual modelo de desenvolvimento do país. Os maiores elogios de Humberto Costa foram para Barbosa, afirmando que ele possui "excelente jogo de cintura político".
O líder petista explicou que saía em defesa dos nomes para acabar com o "mal-estar" que estavam tentando disseminar dentro do PT diante das escolhas da presidente Dilma Rousseff e para "colocar água na fervura de um processo de fritura" já em curso.
Agronegócio
Se desagradou a setores do PT, a indicação de Kátia Abreu para a Agricultura agrada a lideranças do setor do agronegócio. Isso porque Katia Abreu é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
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