O relator da CPI dos Fundos de Pensão, Sérgio Souza (PMDB-PR), abriu na tarde desta terça-feira, 18, a primeira reunião da comissão na Câmara dos Deputados salientando a necessidade de investigação no setor, por causa de indícios de fraudes verificados de 2003 a 2015. “Este é mais um possível foco de corrupção que precisa ser investigado com a máxima urgência”, afirmou. “É preciso esclarecer que muito além de investigar as causas dos prejuízos, a presente CPI tem o dever de apurar se houve desvio de recursos privados das instituições”, continuou.
O parlamentar apresentou a organização de seu plano de trabalho. Primeiro, deseja ouvir os pensionistas, os mais prejudicados pelos prejuízos. Em seguida, a diretoria executiva e do conselho fiscal dos fundos, responsáveis diretos pela gestão e aplicação dos recursos.
Ao mesmo tempo que quer ouvir estes grupos, o relator enfatizou que é preciso fazer a análise de documentos. Ele citou também a realização de diligências, outro instrumento investigativo para obtenção de provas. Concluída a instrução, Souza afirmou que apresentará o relatório.
A criação da CPI foi autorizada em maio pelo Senado com o objetivo de investigar supostas irregularidades e prejuízos na administração de recursos financeiros em entidades fechadas de previdência complementar, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente pela União. Entre elas, estão Petros (Petrobras), Postalis (Correios), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa Econômica).
À imprensa, o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB), chegou a dizer que o rombo com operações dessas associações pode chegar a R$ 5,5 bilhões e que é fruto da corrupção. O “modus operandi” do déficit do fundo de pensão é, de acordo com ele, semelhante ao do Petrolão: aparelhamento das instituições, tráfico de influência e direcionamento para negócios equivocados.
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