O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), disse nesta quinta-feira (7) que vai convocar uma reunião das lideranças na Casa para avaliar a possibilidade de encurtar o prazo para a eleição do sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara.
Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara
Leia a matéria completa“Vou conversar com os líderes e, se acharem que devemos agilizar, vamos ter de mobilizar para dar quórum amanhã (sexta-feira, 8) e na próxima semana para começar a contar o prazo regimental”, afirmou Moura.
Na avaliação do líder atualmente há três candidatos com potencial para suceder a Cunha - Rogério Rosso (PSD-DF), Fernando Giacobo (PR-PR) e Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ele ressaltou, no entanto, que são 12 postulantes no total e o ideal é chegar a um consenso na disputa. Com a renúncia de Cunha, a Casa tem cinco sessões para realizar novas eleições para o cargo.
Aliado de Cunha: precisamos fazer eleição para presidência da Câmara na 2ª ou 3ª feira
Um dos principais aliados de Cunha, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou nesta quinta-feira que o objetivo do presidente da Câmara de renunciar ao cargo é garantir tempo hábil para uma nova eleição do comando da Casa antes do recesso parlamentar.
“A renúncia acontece hoje para que haja tempo hábil para a eleição de um novo presidente nos primeiros dias da próxima semana. Esperamos já na segunda-feira (11)”, disse Marun, logo após a entrevista coletiva de Cunha na qual o peemedebista abdicou do cargo.
Relator aceita recurso e defende anular votação da cassação de Cunha
Leia a matéria completaMarun disse estar convencido de que a renúncia foi o gesto mais adequado de Cunha para superar o impasse por que passa. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu há dois meses o deputado de suas funções parlamentares.
Para o aliado de Cunha, a saída dele do comando da Casa foi um gesto de “coragem” e “grandeza”. Marun defendeu que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara reconheça esse gesto - o colegiado ainda não apreciou um recurso que poderá livrar Cunha da cassação do mandato, determinada pelo Conselho de Ética da Casa.
O deputado do PMDB do Mato Grosso do Sul afirmou que a bancada do partido vai se reunir em breve para discutir se vai lançar um nome para disputar a presidência da Câmara.
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