O deputado federal paranaense Assis do Couto (PT) foi eleito ontem presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Ele venceu Jair Bolsonaro (PP-RJ) por apenas dois votos e vai substituir o polêmico deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Indicado pela bancada do PT, Couto teve 10 votos contra 8 de Bolsonaro, que lançou uma candidatura "avulsa".
Além de eleição mostrar que a bancada evangélica continua com influência na comissão, Couto já enfrenta críticas dentro do próprio PT, pois integra a Frente Parlamentar contra o aborto da Câmara. O petista já admitiu que é contrário à interrupção da gravidez de forma indiscriminada, mas afirmou que suas convicções não vão interferir nos debates do colegiado.
"Eu sou católico, tenho um princípio familiar que é contra o aborto de forma indiscriminada, aberta. No entanto, tenho um entendimento de que o Estado tem um papel, tem um problema de saúde pública gravíssimo em torno dessa questão e que muitas vezes escondemos isso atrás de uma questão religiosa", disse. "Sei discernir muito bem o papel do Assis do Couto pai de família, católico, do Assis do Couto homem público, parlamentar". Couto é ligado à agricultura familiar, é considerado de perfil mais moderado e integra a corrente Movimento PT.
O PSC de Marco Feliciano só assumiu a comissão porque, no ano passado, o PT, que a presidia e tinha direito a escolher três comissões, optou por outras áreas: Seguridade Social e Família, Relações Exteriores e Comércio e Constituição e Justiça.
Ontem ocorrem as sessões de instalação das 22 comissões temáticas da Câmara. Pela manhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, aprovou a indicação dos deputados Vicente Cândido (PT-SP) e Fábio Trad (PMDB-MS) para presidente e vice, respectivamente.
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