O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta sexta-feira (29) parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja determinada a prisão imediata do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) e do ex-vice-presidente do Banco Rural Vinicius Samarane, condenados no mensalão. A decisão tem potencial para provocar uma nova sequência de prisões do mensalão. Nos dois casos, Janot entendeu que não cabem os recursos chamados de embargos infringentes porque eles não registraram ao menos quatro votos pela absolvição. Esse tipo de recurso leva a um novo julgamento.
O entendimento do Ministério Público Federal deve ser mantido para outros quatro réus: os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT), o ex-deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ) e Rogério Tolentino, ex-advogado do operador do mensalão Marcos Valério, que também apresentaram recursos sem os votos necessários. Corrêa pediu ao Supremo Tribunal Federal novo julgamento, mesmo sem ter a seu favor os quatro votos exigidos pelo regimento. O parecer do procurador-geral, contra o recurso e em favor da prisão imediata, deve abrir caminho para uma nova leva de prisões na próxima semana.
Com base nesse parecer, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, pode determinar na próxima semana a execução imediata da pena de Corrêa. Ele foi condenado às penas 2 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e 4 anos e 8 meses de prisão por lavagem de dinheiro.
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