O relator do processo de perda do mandato do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) na Assembleia de São Paulo, deputado Cauê Macris (PSDB), vai apresentar seu parecer sobre o caso na próxima terça-feira (11) dia em que ocorrerá a reunião sobre a Expo 2020 em Paris. Em tese, Afif poderá estar no exercício do cargo de governador, caso o titular, Geraldo Alckmin (PSDB) vá ao evento na França. Nesta terça-feira, Alckmin colocou essa possibilidade em dúvida, ao afirmar que "o Estado de São Paulo estará bem representado pelo secretário Júlio Semeghini (Planejamento) ou por mim. Essa definição de quem representará o Estado vamos dar mais ao longo da semana".
O governador, contudo, disse ser "muito provável que (eu) vá sim". Macris pediu na noite desta segunda-feira (3) a prorrogação, por mais 15 dias, do prazo que tinha para apresentar o relatório, que venceria na quinta-feira, 6. Contudo, segundo apurou o Grupo Estado, decidiu apresentá-lo antes do prazo limite para não dar a sensação de que a Assembleia empurra o assunto "com a barriga".
O deputado não opinará sobre o mérito do caso, mas sobre a admissibilidade dele pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Apesar disso, será um indicativo do que o PSDB decidiu fazer com a questão. Até agora, o Palácio dos Bandeirantes não deu nenhuma orientação aos deputados tucanos e a bancada não fechou posição sobre a perda do mandato.
Outros partidos. O PT, que tem três integrantes na comissão, ficará do lado de Afif, neoaliado. O partido avalia que não há previsão legal sobre o acúmulo de cargos do vice e que, portanto a Casa não deve se manifestar.
O PTB também deve ficar ao lado de Afif. O líder do partido, deputado Campos Machado, informou, por sua assessoria, que, se houver alguma condenação ao vice-governador, que seja "moral" e não "jurídica". O PTB tem um deputado na CCJ.
O PSD, partido do vice-governador, que também conta com um integrante - o deputado José Bittencourt -, por óbvio, também defenderá Afif.
Os demais oito votos dos 13 totais são considerados incertos. O maior temor do Palácio dos Bandeirantes é que o PSDB venha a ficar sozinho na defesa da perda de mandato de Afif. Apenas neste caso, integrantes do governo avaliam que pode haver interferência do Executivo no processo.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião