Parentes de vítimas do acidente com um Boeing da Gol e um jato Legacy em setembro entraram na segunda-feira com um processo num tribunal dos Estados Unidos contra a ExcelAire, empresa proprietária do jato executivo, e a Honeywell International, fabricante do sistema anticolisão instalado em ambas as aeronaves.
O acidente do dia 29 de setembro aconteceu depois que o Boeing 737-800 da Gol se chocou com o Legacy, fabricado pela Embraer, da ExcelAire.
Todas as 154 pessoas a bordo do Boeing morreram enquanto o Legacy conseguiu pousar em segurança em uma base aérea no sul do Pará. Foi o pior acidente da história da aviação brasileira.
O processo, movido em um tribunal de Nova York por 10 famílias de vítimas, acusa a ExcelAire e a Honeywell de terem contribuído para que o acidente acontecesse.
"Os pilotos do jato da ExcelAire voavam em uma altitude incorreta no momento da colisão e o transponder do jato da ExcelAire (...) não funcionava no momento da colisão", afirma a ação.
O transponder é um equipamento que rastreia a posição da aeronave em relação ao solo e a outros aviões e é parte de um sistema que ajuda a evitar colisões.
A Honeywell informou não ter tido acesso ao processo, mas afirmou em comunicado: "A Honeywell não tem conhecimento de nenhuma evidência que indique que seu transponder instalado no Legacy da Embraer não funcionava como deveria ou que a Honeywell seja responsável pelo acidente."
O advogado da ExcelAire disse que os pilotos da empresa obedeceram as instruções dadas pelo controle de tráfego aéreo.
"Ao passo que as descobertas das investigações vêm a público, ficamos confiantes que os pilotos da ExcelAire serão inocentados", disse Robert Torricella, advogado da companhia, em comunicado.
O processo visa obter indenizações em dinheiro.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião