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 | Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados
| Foto: Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados

O feriado de carnaval começou mais cedo para deputados e senadores. Em plena quarta-feira, dia normalmente com muitas atividades no Parlamento, os corredores do Congresso Nacional ficaram vazios e quase nenhum projeto foi votado.

Na Câmara, as atividades foram encerradas logo pela manhã por falta de quórum. O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), precisou encerrar a sessão em que seria apreciado um requerimento para enviar uma comissão de deputados à Holanda para acompanhar investigações que citam a Petrobrás em um esquema de pagamento d e propina. A medida recebeu o apoio do chamado "blocão", formado por oito partidos - sendo sete da base aliada - para pressionar o governo.

Grande parte dos parlamentares já havia regressado aos Estados de origem no início da tarde ou tinha viagem marcada. O requerimento ficou para ser analisado no dia 11 de março.

No Senado, embora os senadores tenham comparecido às comissões temáticas pela manhã, a movimento à tarde pôde ser comparado ao de uma quinta-feira, quando praticamente não há mais parlamentares nem votações em plenário. Pela manhã, nenhuma das três comissões que se reuniram votou projetos terminativos.

Apesar do movimento fraco às vésperas do carnaval, tanto a Câmara quanto o Senado têm funcionado em ritmo lento desde o retorno do recesso. Os senadores chegavam ao plenário, mas encontravam a pauta bloqueada por medidas provisórias.

O mesmo ocorre na Câmara, onde projetos de lei com urgência constitucional estão trancando a pauta e impedem a apreciação de matérias. Embora neguem a articulação de segurar a pauta publicamente, lideranças da base do governo confirmam a intenção de evitar a votação de projetos que possam acarretar mais gastos ao governo.

Cinco semanas. Nesta semana, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que entre junho e outubro a Casa só trabalhará por cinco semanas, por causa da campanha eleitoral e da Copa do Mundo. O normal para o período seriam 18 semanas de trabalho.

Quem comemorou a folga antecipada no Legislativo foi o Palácio do Planalto, que ganhou a próxima semana, também parada, para tentar acalmar a base aliada, incomodada com o tratamento que tem recebido do governo.

Ontem, o vice-presidente Michel Temer minimizou o bloco. "Vocês sabem que eu passei 24 anos no Parlamento e sei como são essas coisas. É muito natural que surjam muitas vezes blocos para suportar interesses da própria Câmara dos Deputados." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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