A Polícia Federal (PF) investiga quatro funcionários que trabalham para a companhia Gortin Promoções, dos empresários do ramo de futebol Alexandre Martins e Reinaldo Pitta. Eles são suspeitos de comprar, como laranjas, vários imóveis utilizados por Martins e Pitta. Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF querem descobrir qual a origem do dinheiro, já que os funcionários não teriam renda suficiente para movimentar altos valores. Um dos casos investigados é a venda de um apartamento do técnico da seleção brasileira de futebol, Carlos Alberto Parreira, ao empresário Alexandre Martins. A transação financeira aconteceu em 1998, quando Parreira vendeu a Martins um imóvel no condomínio Golden Green, na Barra da Tijuca.
O pagamento, segundo a advogada do técnico, Ilcilene Bottari, foi feito em várias parcelas. Parreira terá de explicar na PF como aconteceu o negócio. A data do depoimento ainda será marcada. O técnico da seleção não pôde prestar depoimento anteriormente porque, ao ser procurado pela PF, estava assistindo ao jogo entre Real Madri e Barcelona, no mês passado, na Espanha.
- Em seu extrato bancário não aparece quem faz o depósito. Se há alguma coisa errada, não tem como ele saber - defende a advogada Ilcilene Bottari.
Segundo policiais que participam das investigações da Operação Firula, Pitta e Martins são suspeitos de receberem ilegalmente, no exterior, dólares e euros de jogadores e técnicos, numa forma de driblar a Receita Federal. Após ganharem uma comissão, eles repassariam no Brasil, em reais, o valor de cada aplicação. Os investimentos em imóveis são considerados por investigadores formas de lavagem de dinheiro.
Os quatro funcionários da Gortin já foram identificados pela PF. São três mulheres e um homem, que têm seus nomes mantidos em sigilo. A polícia acredita que os depoimentos deles poderão esclarecer como funcionaria o suposto esquema montado pelos empresários.
Numa segunda fase, com o aprofundamento das investigações, os jogadores agenciados pelos empresários deverão ser chamados para depor. A PF quer que eles expliquem como seus passes foram vendidos para o exterior e como aplicaram dinheiro em imóveis.
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