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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será a estrela do programa partidário do PT, que irá ao ar nesta quinta-feira em cadeia de rádio e televisão. Lula gravou nesta segunda de manhã sua participação de cerca de quatro minutos que deverá encerrar o programa de 20 minutos. Seguindo roteiro elaborado pela direção do PT, o presidente falará sobre as realizações do governo nas áreas de educação e juventude, o que fará com que o programa seja passível de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Semana passada, o Tribunal puniu o PSDB que, no programa eleitoral de abril, pôs no ar cenas em que o ex-governador Geraldo Alckmin mostra realizações de seu governo em São Paulo. O TSE considerou que ele, como pré-candidato à Presidência da República, fez propaganda eleitoral fora de época. Da mesma forma, o TSE retirou do ar há cerca de um mês, com o mesmo argumento, inserções publicitárias do PT em que a gestão Lula era exaltada por terceiros.

A gravação da participação de Lula no programa foi cercada de mistério. O compromisso não estava na agenda do presidente e a assessoria do Palácio do Planalto só confirmou que Lula estava em um hotel de Brasília gravando o programa quando ele já estava de volta para outro compromisso, a solenidade de assinatura de convênios na área de saneamento.

Mais tarde, o porta-voz da Presidência, André Singer, disse que a participação de Lula se daria como "filiado ao PT". Lula discutiu o texto de sua fala com assessores e interlocutores na última quinta-feira. Neste dia, segundo assessores, Lula estava decidido a gravar a participação, mas depois surgiram especulações sobre futuros questionamentos na Justiça Eleitoral.

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, chegou a dizer no domingo que só nesta segunda Lula decidiria sobre sua participação, quando na verdade já estava montada a gravação num hotel. Berzoini defendeu a gravação, afirmando que, como filiado ao PT, o presidente tem direto a participar do programa.

- Como filiado, Lula pode participar. Não há vedação legal. O Alckmin (Geraldo Alckmin) não participou do do PSDB? - argumentou Berzoini.

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