A direção do PMDB cobrou nesta terça-feira do pré-candidato do partido à presidência, Anthony Garotinho, respostas às denúncias sobre doações supostamente irregulares para a sua campanha. O Tribunal de Contas do Rio pediu explicações dos órgãos do estado que contrataram ONGs sem licitação.
A Polícia Federal já começou a ouvir os sócios das empresas que doaram dinheiro para a pré-campanha de Anthony Garotinho. Sócios de três dessas empresas são também diretores de ONGs que receberam, no ano passado, R$ 112,5 milhões do governo do estado.
O Tribunal de Contas do Estado, que também investiga o caso, expediu nesta terça 20 comunicações a responsáveis por órgãos públicos. São secretários de estado e diretores e ex-diretores de empresas, que terão que explicar porque contrataram ONGs sem licitação.
O relatório do TCE questiona porque a Fesp, órgão do estado responsável pelos contratos, aceitou prestar serviços mesmo sabendo que não teria estrutura para isso e que teria que terceirizar os serviços, o que seria proibido, segundo os relatores.
Os relatores decidiram também realizar uma inspeção especial na Fesp, para avaliar o contrato assinado entre a fundação e o Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Cidadania, que segundo o TCE, recebeu, sem licitação, R$ 133 milhões, para prestar serviços à Secretaria Estadual de Saúde. Apesar do volume de dinheiro recebido, o CBDDC tem uma sede modesta num município pequeno, a 90 quilômetros do Rio.
A governadora Rosinha Matheus determinou a investigação de todos os casos, por meio de uma comissão comandada pela Procuradoria-Geral do Estado. A Procuradoria informou que já pediu a todos os órgãos do estado que contrataram ONGs por meio da Fesp, para que encaminhem os contratos para serem analisados.
Em Brasília, a cúpula do PMDB teve um dia de conversas sobre a candidatura do partido à presidência da República.
Os peemedebistas cobraram respostas de Anthony Garotinho às denúncias. E avaliaram que elas produziram um desgaste que pode inviabilizar a candidatura do ex-governador do Rio. Garotinho está há dois dias fazendo uma greve de fome.
- Com todo respeito eu entendo isso como uma falta de maturidade absoluta. Como alguém que se coloca como candidato à presidência da república pode tomar uma decisão como esta. Isso é um péssimo precedente - criticou o senador Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado.
O presidente do PMDB defendeu que Garotinho dê explicações convincentes para as denúncias.
- Os jornais, a imprensa televisiva, as emissoras de rádio estão abertas para esses esclarecimentos. Seria até uma saída para esta greve de fome, ele vir a público esclarecer estes fatos com o espaço que a imprensa, naturalmente lhe daria e liquidaria essa questão da greve de fome que eu volto a dizer não ajuda em nada - afirmou Michel Temer, presidente do PMDB.
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O pré-candidato à Presidência da República pelo PMDB, Anthony Garotinho, decidiu entrar em greve de fome no domingo. O que você acha da atitute de Garotinho? Participe do fórum
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