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Deputados federais Assis do Couto e Toninho Wandscheer trocaram recentemente o PT pelo PMB. | /
Deputados federais Assis do Couto e Toninho Wandscheer trocaram recentemente o PT pelo PMB.| Foto: /

Os dois deputados paranaenses que se filiaram ao Partido da Mulher Brasileira (PMB) no fim de 2015 admitem que escolheram a nova legenda unicamente por ser a única que lhes garantiria sair do PT sem perder o mandato. Assis do Couto e Toninho Wandscheer afirmam que ainda não conhecem bem o PMB e que cogitam sair posteriormente, dependendo de como a legenda se desenvolver.

Pela lei brasileira, o mandato dos deputados pertence ao partido pelo qual eles se elegeram. Uma das poucas possibilidades de trocar de legenda sem perder o mandato é entrar em alguma sigla recém-fundada – caso do PMB, que atraiu 20 deputados federais nos 30 dias posteriores à sua aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No Paraná, a nova bancada reduziu à metade o grupo de parlamentares eleito pelo PT paranaense em 2014.

Assis do Couto diz que estava incomodado por estar num grupo minoritário do PT, sem poder de decisão. “O PMB surgiu como uma oportunidade de sair sem o desgaste jurídico. Não foi por uma escolha ideológica”, diz. Segundo ele, “se fosse por ideologia ,teria ido para o PDT”. “Ainda agora não descarto ir para o PDT”, afirma o paranaense, que está em seu quarto mandato.

Toninho Wandscheer, ex-prefeito de Fazenda Rio Grande, diz que a ideologia do PT causava conflitos com sua base evangélica. Além disso, afirma que as denúncias contra o partido pesaram. É difícil você ter que justificar o que não fez. Há uma acusação muito grave ao partido. Quanto ao PMB, diz que era “o único partido com janela”. Ainda não temos uma definição ideológica. Não fizemos nenhuma reunião ainda. Em fevereiro vamos conversar. Mas hoje tem que pensar que uma relação com o partido não é definitiva. A gente pode até ficar no partido depois, mas tem que ver como vai ser.

Para o deputado federal Ênio Verri, presidente estadual do PT, a saída dos dois deputados “é uma pena”. “Espero que no PMB, que é um partido de tendência conservadora, os dois consigam manter posturas progressistas”, disse. Segundo Verri, a saída de seis parlamentares petistas, no entanto, foi menor do que se previa. “Diziam que seria bem mais”, afirmou.

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