Curitiba (Folhapress) – Depois de realizar um primeiro turno com a participação maciça de militantes – 314.926 compareceram às urnas no dia 18 de setembro –, a direção do PT prevê uma queda considerável no quórum na segunda etapa da disputa, que confrontará amanhã Ricardo Berzoini, do Campo Majoritário, e Raul Pont, da Democracia Socialista, candidatos à presidência nacional do partido.

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O principal motivo da desmobilização se deve ao fato de as disputas pelos comandos locais já estarem definidas na maioria do país.

E é a partir das previsões do quórum que se dão as apostas dos dois candidatos. O número de petistas aptos a votar é de 775.145.

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Para integrantes do Campo Majoritário, Berzoini poderá vencer com boa vantagem se os petistas paulistas comparecerem às urnas.

"Vamos trabalhar em São Paulo para chegar a 12 mil votos", disse Francisco Rocha, coordenador do Campo Majoritário, já contando com a diminuição do quórum na cidade, que no primeiro turno se aproximou de 21 mil votantes.

Não foi à toa que Berzoini concentrou esforços em acordos com lideranças da capital paulista. Fez concessões para obter o apoio de grupos ligados à ex-prefeita Marta Suplicy e adotou discurso cauteloso quanto a punições internas contra parlamentares do partido ameaçados de cassação, como os deputados paulistas João Paulo Cunha e José Dirceu. Mesmo enfraquecidos, ainda detêm o controle das máquinas partidárias.

Outra aposta do candidato está em sua defesa incondicional do governo Lula. Até suas críticas pontuais à política econômica diminuíram. Os correligionários mais otimistas da candidatura Berzoini prevêem obter de 60% a 65% dos votos neste domingo.

As apostas dos apoiadores da candidatura da Democracia Socialista, de Pont, são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas, Rio, Bahia e Pernambuco, onde a esquerda petista teve boa votação no primeiro turno e também são grandes colégios eleitorais do PT.

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"O quórum em São Paulo será reduzido no segundo turno, pois não há segundo turno para os diretórios municipal e estadual", afirmou Joaquim Soriano, coordenador da campanha de Pont.

O Campo Majoritário, que detinha maioria absoluta nas instâncias decisórias do partido até esta eleição, conseguiu manter o comando da maior parte dos diretórios regionais.

Mas, no Diretório Nacional, sua hegemonia não existe mais. Das 81 cadeiras do diretório, o Campo conseguiu 34.