Lideranças de partidos da oposição na Câmara decidiram, em reunião na manhã desta terça-feira, 5, que vão obstruir a votação da Medida Provisória 665. Os oposicionistas definiram que vão apresentar, durante o processo de votação previsto para começar no final da tarde, destaques para votar separadamente pontos polêmicos da MP como o que altera as regras para a concessão de seguro-desemprego e do abono salarial.
Câmara deve votar nesta terça medidas do ajuste fiscal proposto pelo governo
Eduardo Cunha decidiu deixar as galerias da Câmara abertas à entrada de manifestantes
Leia a matéria completaA estratégia tem por objetivo cobrar da bancada do PT uma posição sobre cada um dos itens da medida provisória. Ou seja, querem forçá-los a dizer como votaram nas mudanças de direitos trabalhistas e previdenciários. “O PT vai ter que colocar as digitais claras em cada ponto”, afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).
O Palácio do Planalto e os demais partidos da base aliada pressionam os petistas a declarar publicamente apoio à MP. Antes da votação, a bancada do PT vai se reunir para definir sua posição sobre o assunto.
No encontro de hoje cedo, a oposição decidiu estender a votação ao máximo possível se valendo de manobras previstas no regimento interno da Câmara. O acordo foi fechado entre os lideranças do DEM, do PSDB e do PPS e parte do aliado governista PP. Segundo Mendonça Filho, participaram da conversa os líderes do PPS, Rubens Bueno (PR), do PSDB, Carlos Sampaio (SP), o vice-líder tucano, Bruno Araújo (PE), e o deputado Arthur Lira (PP-AL). O acerto prevê que, ao final dos pedidos de votação em separado de determinados pontos da MP, os partidos vão votar contrariamente à proposta do governo.
“Estamos prontos para alongar a conversa e votar contra”, afirmou Mendonça Filho. “Vamos testar a resistência do governo e a resistência do PT”, completou.
Ao ser questionado se o apelo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a favor da aprovação da MP não poderia levar a oposição a apoiar o ajuste, o líder do DEM rejeitou a proposta. Mendonça Filho disse que, embora respeitasse o “bom senso” de Levy, não tinha como apoiar um ajuste que sacrificasse “o trabalhador, o aposentado e o desempregado”.
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