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A Assembléia Legislativa deve fechar a temporada de filiações com seis deputados em novos partidos. Na Câmara Municipal, o troca-troca atingiu quase o dobro: 11 vereadores. Apesar do prazo final de filiações para as eleições de outubro de 2006 terminar hoje, deputados, vereadores e lideranças ainda negociam mudanças para novas siglas. Cida Borghetti no PFL, Roberto Hinça no PDT, Mauro Moraes no PMDB são algumas das acomodações de última hora dos pré-candidatos.

Na dança partidária, os partidos que mais ganharam adesões foram o PMDB e o PSDB, que encabeçam os dois principais blocos que vão se enfrentar na eleição para o governo do estado no próximo ano.

Os dirigentes ainda não têm os números finais sobre as filiações, mas contabilizam que já têm nomes suficientes para lançar chapa completa de candidatos a deputado estadual – cerca de 40 – e para a Câmara Federal, aproximadamente 25 por partido.

A bancada estadual do PMDB cresceu para 13 deputados com a entrada de Mauro Moraes e Geraldo Cartário. Nos últimos meses, o partido do governador também está fazendo uma megaoperação para atrair pré-candidatos. Além do deputado federal André Zacharow, abrigou dezenas de prefeitos, vices e vereadores em todo o estado.

No PSDB, nenhum deputado estadual entrou na última hora, mas o partido está recebendo uma leva de reforços desde o início do ano, entre eles, três vereadores de Curitiba – Mário Celso Cunha, Celso Torquato e Dona Lourdes –, além do vice-prefeito Luciano Ducci. "Vamos formar um bloco de oposição com os nomes mais expressivos do Paraná", disse o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni.

O PDT do senador Osmar Dias também chega a data limite de filiações com novas lideranças, entre elas, o deputado estadual, Luiz Carlos Martins, o secretário municipal de Esporte, Raul Plasmann, o vereador Roberto Hinça, o suplente de deputado estadual Nelsinho dal Santos, o suplente de deputado federal Jotapê e o ex-prefeito de Iretama, Same Saab.

A filiação da deputada estadual do PP Cida Borghetti no PFL deve ser a grande novidade. Segundo a cúpula do partido, ela prepara o anúncio oficial para hoje, mas durante a semana, preferiu não comentar a provável mudança e manteve segredo durante as conversas com os pefelistas.

O PPS apostou na filiação de representantes de segmentos organizados. O partido fez um "filtro" para selecionar os novos quadros. "Não aceitamos candidato só por causa da eleição do ano que vem. Estamos buscando metas para preparar a chapa de deputados, mas com qualidade, sem levar em conta o número", disse o presidente estadual, Rubens Bueno, pré-candidato a governador. A expectativa é eleger oito deputados estaduais e cinco federais no ano que vem.

Pequenos

Até os pequenos ganharam fôlego às vésperas do prazo final de filiações. A vitória do deputado Aldo Rebelo (PcdoB-SP) na eleição para presidente da Câmara Federal teve reflexos diret"Não aceitamos candidato só por causa da eleição do aos no Paraná. Rebelo é padrinho de casamento do presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, pré-candidato a deputado federal e está muito próximo da cúpula do PcdoB no estado. "O partido ganha agora mais visibilidade e terá crescimento com eleição do Aldo. Vamos buscar mais vereadores e prefeitos que não precisam apressar a filiação porque não vão disputar as eleições de 2006", explica Gomyde. Esta semana, entraram no partido, segundo ele, três vereadores de Rolândia, um prefeito e ex-vereadores.

A sigla que mais sofreu baixas foi o PP. Na Assembléia Legislativa, só devem permanecer na bancada Duílio Genari e César Seleme, metade da bancada. No PTB, com a decisão de Jocelito Canto de retornar à legenda, da qual pediu desfiliação no semestre passado, o deputado formará dupla com Carlos Simões.

Outra mudança prevista para ainda hoje é a do deputado estadual Edson Praczyk (PL) para o Partido Municipalista Renovador (PMR), recém criado e ligado à bancada evangélica. Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, Praczyk deve ser o único representante da nova sigla na Assembléia Legislativa.

Os partidos têm prazo até o dia 14 de outubro para enviar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) as listas atualizadas com os novos filiados. Só após a contabilização dos números, a justiça eleitoral poderá apresentar um balanço final sobre as filiações no Paraná.

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