Reunião suprapartidária: políticos de várias legendas decidiram tentar se reunir com o presidente do TSE, Ayres Britto| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

PT se recusa a participar da reunião

O PT se recusou a participar da reunião suprapartidária de ontem. Em nota assinada pelo deputado federal André Vargas (PT), candidato a prefeito derrotado no primeiro turno, e pelo presidente municipal da sigla, Sidnei Santos, a legenda explica: "Durante o primeiro turno das eleições, os oito candidatos adversários não se manifestaram em relação ao pedido de impugnação do registro da candidatura de Antonio Belinati sonhando enfrentá-lo num segundo turno. Eles atacaram sistematicamente a administração do PT (de Nedson Micheleti) e agora se apressam em disputar um terceiro turno eleitoral". O PT também alega que "qualquer medida a ser tomada pela Justiça deve contribuir para o futuro da cidade". (TE)

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Um movimento suprapartidário vai pressionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a julgar rapidamente o recurso apresentado pela defesa do deputado estadual Antonio Belinati (PP) contra a cassação de sua candidatura à prefeitura de Londrina. A decisão foi tomada ontem, em uma reunião realizada na Câmara de Londrina com lideranças de 16 partidos políticos. Uma comissão foi formada e pretende redigir e entregar um documento ao TSE no qual exporá a situação de instabilidade pela qual passa o município, que ainda não sabe quem vai administrar a cidade a partir de 1º de janeiro.

O deputado federal Alex Canziani (PTB), que é de Londrina, comprometeu-se a tentar marcar uma audiência, para esta semana, com o presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto. A idéia é reunir o ministro com representantes dos partidos londrinenses e da bancada paranaense no Congresso Nacional para pedir agilidade no julgamento do recurso de Belinati – que teve sua candidatura impugnada pelo TSE na terça-feira passada, dois dias depois de ser eleito prefeito da cidade.

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O vereador londrinense Tercílio Turini (PPS) disse que se o TSE demorar para julgar o recurso, o ingresso de um possível recurso de Belinati no Supremo Tribunal Federal (STF) – decisão já anunciada pela defesa do ex-candidato – será atrasado. Isso pode levar a decisão final da situação em Londrina para além do dia 1º de janeiro, data da posse do novo prefeito e dos novos vereadores. "A partir do dia 15 de dezembro, o Judiciário entra em recesso, só retornando em fevereiro", lembrou Turini.

De acordo com ele, o fato de que alguém necessariamente ter de assumir a cadeira do prefeito em 1º de janeiro cria um novo impasse. "Se o presidente da Câmara de Vereadores for empossado como prefeito em exercício, ele vai ter que definir em cima da hora uma equipe temporária para governar a cidade. Não poderá fazer planejamentos de longo prazo porque não saberá quanto tempo pode ficar no posto. Enfim, o próprio prefeito interino vai estar limitado e Londrina continuará sofrendo", afirmou.

Durante a reunião, alguns participantes se mostraram preocupados com os conflitos entre partidários a favor e contra Belinati. "Ainda vai ter morte por causa isto", previu o vereador eleito Gerson Araújo (PSDB).

Otimismo

A previsão do presidente estadual do PP, deputado federal Ricardo Barros, é mais otimista com relação ao julgamento de Belinati. Ele declarou ontem que o caso deve ser julgado ainda hoje pelo TSE. Principal padrinho político do prefeito eleito, Barros disse estar confiante de que será possível reverter a decisão e garantir a posse do colega.

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